segunda-feira, 22 de novembro de 2010

VALEU FLUZÃO


Amigos, a taça sorri, porque o Fluminense voltou à liderança. (Nas minhas crônicas, as taças sorriem, vocês já devem saber disso.)
O jogo em Barueri teve todos os ingredientes das grandes partidas. A começar pela torcida maravilhosa, que se deslocou do Rio de Janeiro até o grande palco. Era uma multidão fantástica, que chegou em aviões, carros, ônibus e vans. Ouvi dizer até que um grupo foi a pé. O importante era estar na Arena Barueri, e ser testemunha ocular, auditiva e olfativa da história.
História que teve em Gum seu primeiro grande herói. A cabeçada do zagueiro foi inapelável: coube a Rogério Ceni apenas cair, irremediavelmente batido. Fluminense 1 a 0. (No Barradão, nosso adversário Corinthians já vencia o Vitória, por 1 a 0.)
Já no segundo tempo, Washington teve a chance claríssima de ampliar o placar, após preciso passe de Deco. Mas a desperdiçou, e o castigo não tardou: no lance seguinte, o São Paulo conseguiu o horrendo gol de empate. (A essa altura, o Vitória também já havia empatado no Barradão.)
Um único gol seria suficiente para o Fluminense retomar a ponta. O tempo escoava, mas o tento não saía. Contrariando as bizarras especulações pré-jogo, o São Paulo dava sangue e suor pelo resultado. Aos dezessete, Xandão impede progressão de Fred e é expulso. Aos vinte e quatro, Richarlyson xinga o árbitro Heber e também recebe cartão vermelho.
Com dois homens a mais, Muricy tira Valencia e põe Tartá: era o Fluminense lançando-se todo para o ataque. Um minuto depois, a apoteose do segundo herói da tarde: Darío Conca recebe dentro da área, gira, e chuta. Gol do Fluminense, 2 a 1! (No Barradão, Vitória e Corinthians seguiam empatando.)
Definitivamente exposta, a defesa são-paulina não dava mais conta do ataque tricolor. Aos 32, Conca chuta, Rogério dá rebote, e Fred confere: Fluminense 3 a 1! (No Barradão, o placar de 1 a 1 seguia inalterado.) Aos 42, Conca acerta mais um balaço de fora da área, sem chances para Rogério: Fluminense 4 a 1! (E o jogo no Barradão, que teimava em não acabar, seguia 1 a 1.)
Quando enfim chegou de Salvador a notícia do fim de jogo, Vitória 1, Corinthians 1, a torcida tricolor pôde, finalmente, comemorar aliviada. Estava consumada, novamente, a ascensão do Fluminense ao primeiro lugar do Campeonato Brasileiro. Estamos a dois jogos da glória.
O sábio Profeta continua em sua úmida caverna, coçando sua longa barba branca. Sobre seus ombros, pende uma bela manta branca. Em seus pés, estão as duras sandálias da humildade. Porém, com um leve e enigmático sorriso, ele calmamente repete seu vaticínio: "Fluminense campeão! Fluminense campeão! Fluminense campeão!".
PC

Fonte e foto: http://jornalheiros.blogspot.com/2010/11/resenha-sao-paulo-1-x-4-tricolor.html

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